Por metas e resoluções que nos façam felizes

Escrito por: Fernanda Marinho

Definir metas e resoluções para o ano novo é uma ótima maneira de nos motivar a correr atrás do que achamos importante, mas que nem sempre é fácil de se alcançar. Juntar tanto de dinheiro, perder tanto de peso, conseguir tal emprego, dormir e acordar mais cedo, comer melhor…

Geralmente, dão um trabalho danado e envolvem atividades chatas e/ou difíceis. São fundamentais e desafiantes, e por isso é natural nos focarmos nelas. O problema é que muitas vezes acabamos nos esquecemos de dar importância para as coisas da vida que nos fazem felizes por elas mesmas, e não por um resultado alcançado.

Parece bobagem, porque tendemos a achar que precisamos de resoluções só para o que é penoso. A gente acha que já faz aquilo que gosta e nos faz felizes sem ter que estabelecer uma meta, não é? Não necessariamente.

Nossas vidas são tão corridas! Passamos a maior parte do tempo dormindo e trabalhando. Entre um e outro, a gente come, resolve pendências, se desloca e corre atrás das metas. No tempo que resta, estamos tão guiados pelos hábitos que simplesmente desmontamos em frente a uma TV ou vagamos sem rumo pelas redes sociais. E assim a vida passa.

A gente precisa ativamente escolher fazer o que nos faz felizes. Quebrar hábitos não é fácil, e por isso a meta é importante. Mas vale tanto a pena!

Minhas metas da felicidade

Comecei aos poucos… No ano passado, tinha entre as minhas resoluções encontrar mais as pessoas. Porque é algo que me faz muito bem e que fui deixando de lado sem nem perceber. Mas depois da meta, sempre que recebia um convite, ao invés de ficar com preguiça e deixar para um depois que nunca chegava (afinal, eu sempre estava cansada de trabalhar e resolver coisas), lembrava da minha resolução e ia lá encontrar a pessoa. E fui gostando tanto disso, que cada vez ficava com menos preguiça e logo eu mesma estava fazendo os convites.

O mesmo aconteceu com as minhas leituras. Sem perceber, eu tinha deixado a literatura de lado para navegar em redes sociais. Quando coloquei a meta e passei a anotar os livros que eu lia, consegui trazer esse hábito de volta para a minha vida. E vou te contar que me faz muito mais feliz do que o facebook.

Então, para 2018, eu tenho as metas chatas de alcançar, mas importantes: controlar o colesterol, diversificar meus investimentos, desapegar de livros e roupas… E tenho as metas da felicidade: encontrar as pessoas que eu gosto, jogar (videogame, tabuleiro, rpg), ler e escrever muito.

Porque uma das coisas que o minimalismo me ensinou é que a gente pode escolher o que quer para a nossa vida muito mais do que pensamos. E quero escolher não só ser produtiva, saudável e organizada, mas também feliz.

metas felizes

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13 Comentários

  1. Caroline Abreu disse:

    Oi Fernanda, tudo bem? Adorei a sua perspectiva sobre as nossas “metas de ano novo”, nunca havia pensado dessa forma! Embora eu já costume ter as minhas metas “do bem” – tipo ler mais, meditar mais, etc -, não tinha me dado conta de como tendemos a estipular como objetivos coisas penosas, deixando de lado o que nos faz realmente felizes. Gosto muito do seu blog, ele está na minha barra de favoritos e foi uma das inspirações para eu começar o meu! 🙂

    1. Olá, Caroline! Tudo bem. E com você? Que bom que você gostou do post e que curte o blog! Fico feliz mesmo. Qual é o seu? Compartilha com a gente 🙂

  2. Mariana disse:

    Que lindeza de texto! 😀

  3. Maria disse:

    Oi Fernanda! Neste você me pegou…”A gente precisa ativamente escolher fazer o que nos faz felizes. Quebrar hábitos não é fácil, e por isso a meta é importante. Mas vale tanto a pena!”. De uns meses para cá, o que mais a vida me forçou, foi quebrar hábitos, como você disse, não é fácil… Escolher o que nos faz felizes, nem sempre é possível. Mas vamos a meta, o que não devemos é chegar ao final de 2018(se assim Deus nos permitir) da mesma maneira. Um ponto em comum, é encontrar mais pessoas… estou tentando me encaixar nesse contexto. Muita paz! Bjs. Maria

    1. Oi, Maria! Realmente nem sempre é possível, mas também nem sempre é impossível. A gente tem que ficar sempre se questionando e vendo até onde (e como) queremos (e podemos) ir. Mas acho que vale o esforço. Um excelente 2018 para você 🙂
      Beijo!

  4. Thais disse:

    Oi, Fernanda! Td bem? Acho que vc tem toda razão em pensar em metas para a felicidade em vez de apenas metas para o corpo, a carreira, para mostrar aos outros… Eu tbm quero neste ano trocar redes sociais por leituras. Vamos ver! Bjos!

    1. Oi, Thais! Tudo ótimo. E contigo? Redes sociais são úteis e divertidas. O problema é que, se a gente deixar, elas consomem todo nosso tempo. Não tem fim. Então estou tentando colocar limites. Hehe… Vamos ver! Vai me contando 😉 Beijo!

  5. Anne Carvalho disse:

    Ótima reflexão!
    Até que televisão não me prende tanto, mas perder tempo de qualidade pra vagar por redes sociais… Acho que pelo menos umas 10 horas por semana (no mínimo) eu perdia assim…
    Por esse motivo, saí de todas as redes sociais, e me coloquei a “meta” de tocar piano todos os dias, pelo menos 1hora. É algo que eu amo, me faz feliz, mas que eu simplesmente não fazia por “falta de tempo” (que era gasto com besteiras)… E o piano ficava criando poeira e ocupando espaço dentro de casa…
    Vou tentar copiar sua meta de sair mais com os amigos! Também é algo que amo, mas acabamos deixando sempre para “depois”.

    1. Muito obrigada, Anne… Pois é! Rede social tem seus méritos, mas tem o risco de ser um buraco negro que nos suga sem nem percebermos mesmo. Adorei a sua meta! Acho lindo tocar piano e é uma das minhas frustrações na vida nunca ter aprendido. Mas quem sabe eu ainda aprenda, não é? Engraçado que ver os amigos é realmente algo que a gente sempre deixa pra depois, e nem percebe que esse depois acaba chegando cada vez mais tarde, ou até nunca. Colocar a meta mudou muito meus hábitos nesse sentido, e para melhor 🙂

  6. Thais disse:

    Oi Fernanda!

    Nossa, preciso me lembrar de vir sempre aqui no blogue “novo”, que já tem ano, sempre vou no velho ler os posts novos daqui!

    Adorei essa postagem, percebi não tem muitos dias que adoro consumir materiais sobre métodos de produtividade, como cumprir as metas, e geralmente elejo metas pensando na meta pela meta, e não na sua real função para mim!

    Vou aplicar isso no que estou trabalhando agora em terapia, que inclusive fala bastante sobre a paralisia, e as metas imensas na teoria, mas que não conseguem ser implementadas! (Até postei sobre isso hoje no meu blogue, se quiser conhecer ficarei muito honrada 🙂

    https://melhorqueperfeito.com.br/2018/04/17/interpretacao-de-sonhos-autoconhecimento-e-o-meu-arquetipo-amigo/

    Beijos

    1. Ei, Thais! Seja bem-vinda. Hehe… Vou tentar colocar os links para aqui no outro blog com mais frequência. Acho que você não é a única. Fui lá no seu blog e até comentei, porque me identifiquei. Fiquei até com vontade de voltar pra terapia (eu saí porque mudei e ficou longe pra mim). Beeeijo!

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