O Poder do Hábito (Parte 3): Acreditar nos faz mais fortes

Escrito por: Fernanda Marinho

Hábitos são mecanismos poderosíssimos para que consigamos atingir objetivos e melhorar nossa qualidade de vida. E é possível criá-los, e até substituir aqueles que nos fazem mal por outros melhores. Mas não é fácil e nem necessariamente rápido.

Primeiro, porque precisamos de várias repetições para que um hábito fique sedimentado. E, até chegarmos a esse momento mágico, é necessário ter força de vontade e disciplina justamente para quebrar o ciclo antigo e substitui-lo pelo novo. Vai ficando mais fácil aos poucos, mas as primeiras vezes podem ser bem trabalhosas.

Mas, mesmo depois de ter o hábito já firmado e fluindo com esforço mínimo, precisamos  resistir a inúmeras tentações de deixar para lá e cair nos velhos hábitos (ou na falta deles). Pode ser por influência externa – como ver uma promoção quando se está tentando não comprar ou ser convidado para uma festa tarde da noite quando está se tentando dormir mais cedo – ou até mesmo por preguiça. E, claro, há casos mais graves e difíceis, como vícios ou compulsões.

No livro O Poder do Hábito, o autor conta sobre seus estudos com viciados em álcool e drogas, e fala sobre como organizações como o Alcoólicos Anônimos ajudam essas pessoas, não só pela ajuda na criação de novos hábitos, mas por darem para essas pessoas dois dos elementos mais importantes para se mantê-los: um senso de comunidade e uma crença em algo maior.

Acreditar em algo maior

As nossas escolhas são feitas de acordo com aquilo que acreditamos ser melhor para a gente ou/e para o mundo. Então, quando precisamos tomar alguma decisão, pesamos as possíveis consequências das nossas ações. Quando as implicações são apenas práticas ou ainda só afetam a nós mesmos, o peso de tomar aquela decisão diminui drasticamente.

É bem fácil para a gente deixar de fazer exercício um dia, comprar uma bobagem por impulso, ver só mais uma episódio de seriado mesmo sendo tarde, faltar uma aula… Enfim… Deixar um hábito de lado por um momento. A gente se convence que é só aquele lapso, e que depois voltamos ao normal. Mas é como se voltássemos para trás na construção daquele hábito, que vai exigir mais esforço ainda da gente, dificultando o processo e podendo chegar até a nos fazer desistir.

Mas a decisão ganha um peso bem maior quando nossas crenças estão em jogo. Quantas vezes na minha vida eu me senti tentada a guardar uma coisa que não uso ao invés de doar, ou a comprar coisas que não preciso, e o que pesou na balança para eu resistir foi a minha crença no minimalismo? E, depois de ter decidido, a cada vez que eu percebia que tinha sido melhor para mim, eu ia passando a acreditar cada vez mais que escolhi o caminho certo.

 

PS: iria escrever aqui também sobre a importância da comunidade, mas o post ficou grande demais, então fica para um próximo 😉

Os outros posts sobre o livro:

O Poder do Hábito (Parte 1): Quando o minimalismo vira hábito

O Poder do Hábito (Parte 2): Como criei o loop do desapego

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4 Comentários

  1. Thais disse:

    Realmente, acreditar em algo ajuda mto!!!

  2. Simplicidade e Harmonia disse:

    Esse livro é muito bom, leitura obrigatória para quem quer ter uma vida mais simples e viver mais no momento presente.

    Bom domingo!

    Simplicidade e Harmonia

    1. Adoro o livro! Estou querendo até ler de novo!
      Obrigadinha 🙂

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