Dicas para uma faxina mais prática e rápida

Escrito por: Fernanda Marinho

Em um post anterior, me perguntaram sobre como me organizo para fazer a faxina da casa, já que não tenho faxineira. Na verdade, minha rotina de faxina foi sendo definida e aperfeiçoada com muita experimentação. Testei várias abordagens e fui mudando a vida e a casa até chegar no meu ideal. Então compartilho minhas dicas e explico como elas funcionam para mim.

Quanto menos se tem, menos se limpa

A primeira dica é a mesma que dou quando falo de organização: tenha menos coisas. Quanto menos cômodos, móveis e objetos você tiver, menos tempo vai gastar limpando e tirando poeira deles. É uma relação bem óbvia e direta, mas que nem sempre lembramos. Cada mesinha de centro a mais na sala terá que ser limpada (e tirada do lugar pra limpar embaixo) com enorme frequência.

Graças ao minimalismo, já tenho poucas coisas. Não tenho milhões de móveis e nem um tanto de enfeites que tem que tirar do lugar, passar pano no lugar, passar pano no enfeite e voltar o enfeite pro lugar. Faço o máximo para que tudo fique dentro de armários. Assim, varrer a casa e tirar poeira fica sendo uma coisa rápida. Não deixamos bagunça espalhada e tudo tem seu lugar.

Também quase não tenho roupa que precisa passar. Então o ferro aqui de casa raramente é usado.

Sapateira na porta de casa

Deixamos os sapatos de uso diário na porta de casa. E tiramos o sapato que usamos na rua assim que entramos.

Quanto menos se suja, menos se limpa

Outra coisa que parece óbvia, mas nos esquecemos. Para evitar sujeira e bagunça, a melhor estratégia é tomar cuidado para não sujar. Algumas coisas que fazemos aqui em casa nesse sentido são:

– lavar louça com frequência,

– comer sempre em pratos para não espalhar farelos,

– guardar imediatamente algo quando terminar de usar,

– não entrar com sapato dentro de casa.

Quanto menos se decide, menos se esforça

Isso é fundamental. Aqui em casa é tudo dividido e incluído na rotina. Tem responsável e dia para cada tarefa.

Vez ou outra a gente precisa fazer umas adaptações, mas é raro. Isso facilita bastante a vida dos dois (e o relacionamento). Não precisamos ficar decidindo quando fazer cada coisa e nem discutindo quem vai fazer o quê.

Mesmo para quem cuida da casa sozinho, decidir uma rotina que sempre será seguida poupa muito esforço de ficar planejando e replanejando a cada vez que vamos fazer alguma coisa. Além do risco de acabarmos enrolando.

Além disso, priorizamos o que achamos importante. Por exemplo, evitamos acúmulos que não gostamos (como pia cheia e suja), poeira que dá alergia, ir procurar roupa pra usar e não ter limpa, chegar na hora do lanche e não ter café.

Quanto mais a faxina for adaptada à sua rotina, mais eficiente

Cada pessoa tem sua situação de vida, suas preferências e seus hábitos. Então eu acredito firmemente que o mais importante na hora de definir uma rotina é testar várias abordagens até chegar na que melhor se encaixa nas suas vontades e no restante da sua vida.

Tem gente que gosta de fazer a faxina toda de uma vez. Separa um sábado e faz tudo. Já fui dessas e eu gostava porque 1. ficava livre de uma vez e 2. adorava ver a casa toda limpinha. Mas hoje em dia acho cansativo. Tem quem prefira um pouquinho por dia, como no método FlyLady. Tem quem use a Técnica Pomodoro. Acho legal testar vários, mas encontrar o que mais combina com você e com seu momento.

Atualmente, eu faço a minha faxina assim:

Segunda, quarta e sexta são os dias que eu tenho capoeira. Então aproveito para sempre descer com o lixo na ida, e fazer compras na volta. Como vou a pé, prefiro fazer comprinhas pequenas e frequentes, do que fazer uma compra só grandona de carro vez ou outra.

Terça e quinta, faço faxina e algumas coisinhas na cozinha. Na terça, faço suco natural pra semana, dou uma arrumada na geladeira e faço um bolo ou biscoito. Na quinta, faxina. Dou uma varrida geral e uma limpeza pesada por semana (cozinha, banheiro ou sala).

Sábado, de preferência assim que eu acordo, lavo roupa e coloco depois para secar.

Meu marido fica responsável por cozinhar e por lavar louça. Ele separa duas horas por dia para isso. Como o volume é bem maior, eu fico com todo o resto.

Fomos testando, conversando e chegando na frequência que vale a pena para a gente. Afinal de contas, a vida é muito curta para fazer faxinas o tempo todo, e também para não viver confortavelmente e agradavelmente. É só achar o equilíbrio.

sala de casa pós faxina

A sala da minha casa, de ângulos diferentes, logo depois da faxina. É o maior cômodo da casa e um dos que mais dá trabalho para limpar. Gasto mais ou menos uma hora para fazer a faxina completa, e uns 15 minutos para a limpezinha rápida.

sala mostrando a mesa
sala mostrando sofá
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12 Comentários

  1. Yarinha disse:

    Aderi ao minimalismo e em minhas buscas encontrei o seu blog e estou amando o conteúdo.
    Aqui em casa faço todas as tarefas domésticas e após o destralhe e a organização ficou super fácil a manutenção. Acordar com a casa já em ordem dá um Up! para iniciar o dia.
    Aguardo novas publicações.Att.

    1. Que legal, Yarinha! Seja super bem-vinda! Com certeza o destralhe ajuda demais na organização e na manutenção. E tem toda razão sobre dar um up no dia! É muito bom estar em um ambiente organizado, limpo e arejado. Parece que nossa mente fica mais leve e organizada também, não é? Realmente o dia começa muito melhor!
      Obrigada pele comentário! E pode ficar tranquila que já estou planejando as próximas publicações 🙂
      Abraço!

  2. Cristiane disse:

    Muito inspirador esse post! Aqui também temos rotinas bem definidas de limpeza que dão certo. A casa está sempre pronta caso apareça uma visita inesperada. Isso só foi possível depois de bastante destralhe. Nunca fomos de ter muitas coisas, sempre soube tudo que temos em casa e há um lugar para tudo, o que facilita. Mas o constante destralhe e a percepção do que não é essencial nos dá essa tranquilidade na hora de limpar também. 🙂

    1. Que bom que gostou, Cristiane! Também percebo exatamente isso. Como o destralhe e o foco no essencial facilitam e tiram muito do sofrimento da limpeza. Ter lugar para tudo também é maravilhoso! É uma tranquilidade que vale a pena, não é? 🙂

  3. Bia disse:

    Concordo muito com seu pensamento 🙂

    Eu não separo necessariamente o que fazer , mas sempre que chego em casa já aproveito e “embalo” e tento fazer alguma coisinha pela casa, seja lavar roupa / estender / ou passar um aspirador rápido …

    Alimentação eu deixo coisas mais práticas pra jantar (gosto de “fazer” na hora, atualmente estou na onda de fazer missoshiro “abrasileirado”, pq é só juntar os ingredientes e uns 5 minutos está tudo no jeito só espero pra comer) , almoço ou eu almoço fora ou deixo marmita pronta congelada.

    Não tenho muitas roupas e coisas, meu marido tem mais mais q eu … É bom que deixo tudo “organizado” rápido, em uns 15 minutos já deixo a casa ajeitada durante a semana … Parece realmente óbvio mas quanto mais coisas mais bagunça e mais tempo gasto.

    1. Ei, Bia! Pois é! A melhor maneira de fazer a arrumação/faxina funcionar é encaixar bem na nossa rotina mesmo, como você faz aproveitando o embalo. Hehe… Alimentação aqui em casa fica por conta do marido. Como trabalhamos ambos em casa e comemos tudo aqui, dá um trabalho danado. Mas ele foi encontrando as maneiras de fazer funcionar também. E realmente ter menos coisas exige menos. Quando a gente percebe isso, parece estranho não ter reparado antes. E, como tempo é um recurso tão escasso atualmente, troco ter mais tempo por menos objetos sem nem pensar meia vez 🙂

  4. Adriana disse:

    Muito bom, principalmente a parte da divisão! É fundamental para um convívio saudável que todos tenham atribuições de acordo com a possibilidade e habilidade que tem. Tendo profissional que auxilie ou não. É bom inclusive para respeito ao próximo.

    Um tempo atrás fiz uma aposta com um colega, mais velho e possivelmente com ensinamentos que meu pai teve de nunca por exemplo lavar uma louça, e disse a esse colega que o “pagamento” seria ele lavar minha xícara e talheres do nosso café do escritório. Ele prontamente o fez e a filha dele, que também trabalhava junto, ficou surpreendida pq nunca viu o pai dela fazer aquilo.

    Aqui não temos faxineira ou empregada, muito embora tenha muitas saudades das que tivemos pelas pessoas que eram e a nossa empregada a mãe chegou a pagar estudos para que tivesse uma profissão mais rentável depois e ela disse à mãe que não precisava pagar mais pq como era de noite, ela tinha que fazer janta pro então marido que depois descobriu traição e uns quantos filhos com a outra. Hoje ela segue de doméstica e gosta, mas em outra família. E uma vez falando com a nossa faxineira em outra cidade, ela me disse que foi em uma casa em que o homem fazia home office e almoçava fora todo dia. No dia da faxina que a mulher desse marcou, quis almoçar em casa pra ela fazer além da faxina, almoço. Esses abusos que acho ruim.

    Nós também pra evitar acúmulo, lixo tirado todo dia, louça lavada após refeições, casa varrida dia sim dia não, só. Limpar pisos uma vez por semana, vidros quando der e nessa parte que o dia que tiver um tempo para acompanhar, quero tentar achar alguém pra nós auxiliar nessas partes mais pesadas e manter como fizemos há cinco anos e meio.

    1. Oi, Adriana! Dividir é realmente fundamental. E tem razão sobre o respeito. Faz todo sentido.
      É complicado como a geração antes da nossa tinha muito isso mesmo que você comentou, de homens que não lavavam uma louça. Te falar que eu conheci um caso dia desses que me chocou, que é de um marido que não coloca a comida no próprio prato. A mulher cozinha, põe a mesa com as travessas e tal, e ainda tem que colocar a comida no prato do marido para ele. Pode isso?
      Esses casos de abuso são horríveis mesmo! E eu também fiquei chateada quando parei de chamar a faxineira, porque gosto muito dela. Ela é uma fofa e super competente. Os dois filhos dela eram adolescentes e estava fazendo cursos técnicos para terem uma profissão mais rentável também. Mas, hoje em dia, com essa falta de investimentos em educação do nosso governo, pode ser que eles tenham até perdido o acesso a esses cursos. Tomara que não.
      Evitar acúmulo é fundamental! Faz uma diferença danada!
      Tempo tem sido o recurso mais escasso nos dias de hoje, não é? A gente está sempre correndo tanto! Espero que você consiga tempo para organizar a rotina da maneira que acha melhor 🙂

  5. Thais disse:

    Em casa a gente tbm faz um pouco por dia. Não temos rotina e tarefas definidas (exceto que é ele quem cozinha) pq nos viramos bem fazendo o que é necessário a cada dia. Nosso apto está menos minimalista do que eu gostaria por causa dos bichos (estamos com 7 atualmente) e pq gostamos mto de itens nerd. Eu acho que vale a pena sacrificar o minimalismo por essas coisas, pq elas dão um colorido à nossa vida. Mesmo assim, ainda acho q somos mais minimalistas que a maioria das pessoas (por exemplo: não temos tapetes, temos poucas roupas, não passamos, não temos toalhinhas e afins em cima dos móveis, etc.). Acho que isso já é uma baita mão na roda. Ah, e mantemos a organização todos os dias, isso tbm ajuda mto.

    1. Sete bichos! Uau! Ter pelo menos um é algo que ainda quero para o futuro, mas eu fico relutante justamente por causa do trabalho que dá. Quem sabe um dia…
      Nesse caso, nem acho que você está sacrificando o minimalismo. Se é algo importante para você, que te dá alegria, e recompensa o “trabalho”, então este é o seu mínimo. Pelo menos é assim que eu penso. Se não a vida fica pesada demais. E o minimalismo é justamente para ser leve. Eliminar aquilo que não nos traz nada de bom, para poder valorizar o que é importante para a gente. Eu vejo a sua casa no instagram e no youtube e o que dá para ver é bem bonitinho mesmo 🙂
      E manter a organização é O truque, não é?
      Beijo!

  6. Layanne disse:

    Faz tempo que estava pensando em ler sobre esse tipo de conteúdo,os temas abordados saõ de extrema importância pra quem quer ter uma vida de qualidade. As fotos são muito boas, vou continuar acompanhando você. Também estou proucurando uma melhor forma de me adaptar a rotina de tarefas domésticas.

    1. Ei, Layanne! Que bom que gostou! Seja super bem-vinda! Tarefas domésticas não acabam nunca, não é? Mas é importante a gente ir se adaptando mesmo, para não ficar sobrecarregada demais.

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