Pare de complicar as coisas

Escrito por: Fernanda Marinho

Este texto é uma tradução minha do post stop making it complicated, do Leo Babauta.

Agora que aprendi a olhar para as coisas pelas lentes da simplicidade, consigo ver quando os outros estão cometendo os mesmos erros que já cometi no passado.

Eu queria gentilmente dizer para eles – e para o meu eu do passado – “Pare de complicar tanto as coisas!”

Não vou criticar como as outras pessoas agem neste post, mas sim falar do que eu fazia de errado.

O grande problema aparecia quando eu ia começar uma nova empreitada – praticar corrida, tentar ser organizado ou produtivo, começar um blog, me livrar das dívidas, e até o ato de simplificar.

Eu sempre complicava tanto as coisas – olhando para o passado, não sei se sinto vergonha ou dou risada. E, mesmo assim, sei que a vida é um processo de aprendizagem, e que aqueles erros do começo me ajudaram a chegar onde estou atualmente. Até hoje, cometo milhões de erros, e vou aprendendo no caminho.

Exemplo 1: Eu queria ser mais produtivo, então aprendi o método GTD (Getting Things Done, um excelente livro do David Allen, traduzido para o português como “A Arte de Fazer Acontecer“). Comprei ferramentas que outros seguidores do método recomendavam, criei uma série de listas, experimentei dezenas de programas e tentei diversas abordagens diferentes (até papel) para criar listas. Todos os seguidores do método sabem desse problema. O GTD, e vários outros sistemas de produtividade, podem acabar sendo complicados.

Hoje, meu conselho para a minha versão do passado seria: pare de complicar. A produtividade, da forma que eu encaro hoje, é simples. Você pega a coisa mais importante que quer fazer agora, elimina as distrações, e começa a trabalhar nela. Nem precisa de uma lista, apesar de que ter uma lista para lembrar do que mais precisa ser feito depois não tem problema. Tenha uma lista, mas não fique se debruçando sobre ela. Apenas escolha uma coisa para fazer e comece a trabalhar.

Exemplo 2: Quando quis me livrar das dívidas, testei vários programas financeiros, fiz planilhas, cronogramas de pagamento, controlei tudo, e assim por diante. Era complicado, vai por mim.

Agora eu sei que é simples. Primeiro, pare de gastar sem necessidade (eu sei que é mais fácil falar do que agir, mas quando você aprende a reconhecer e a brecar seus impulsos, não é complicado). Em segundo lugar, se dedique totalmente a pagar uma dívida por vez (antes crie um fundo de emergência com pelo menos $ 500), pague aquela única dívida, e então pague a próxima.

Exemplo 3: quando eu comecei a blogar em janeiro de 2007, olhei dezenas de plataformas e softwares para blogs, temas, plataformas de anúncio, ebooks, artigos sobre qualquer assunto possível de blog… Isso é natural, já que eu estava aprendendo sobre o ramo.

Mas hoje eu sei que é simples: escolha um tópico, e escreva. Então clique em publicar. Compartilhe suas coisas pelo Twitter ou Facebook, se quiser, mas não se preocupe tanto com isso. Apenas escreva coisas interessantes e/ou úteis, e as pessoas vão te encontrar uma hora ou outra. Apenas escreva e publique.

Quando você vai começar qualquer coisa nova, claro que tem todo um processo de aprendizagem. Mas perceba que, mesmo que aprender a fazer algo seja bom, o fazer em si não precisa ser complicado de jeito nenhum. Descubra a maneira mais fácil de fazer as coisas, e simplesmente comece. Você vai aprender fazendo.

PS: Como falei acima, este post é uma tradução minha de um post do blog mnmlist.com, que foi meu primeiro contato com o minimalismo, anos atrás. O blog me inspirou tanto que eu queria trazer para o português algumas das coisas que aprendi lá.

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2 Comentários

  1. Vanessa disse:

    Gostei muito! É isso mesmo, eu às vezes complico tanto me organizando para fazer algo que simplesmente só me enrolo e não consigo começar… Tentativas de estudo para concurso, tentativas de blog… Na verdade é só começar, depois com o tempo a gente vai aperfeiçoando né. Adorei o post! Vou até salvar pra ler mais vezes. Obrigada pela tradução e por compartilhar o conhecimento!

    1. Que bom que gostou, Vanessa! Não precisa agradecer 🙂
      Eu também adorei o post, por isso quis traduzir e compartilhar. Também me identifiquei muito. A gente realmente complica as coisas, não é? Hehe… Obrigada pelo comentário!

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