Começando a aprender a costurar

Saber costurar é uma daquelas habilidades que toda mulher tinha antigamente e que não vemos mais na nossa geração. Minha avó é uma super costureira, minha mãe sabe o básico e eu não sabia nada. Mas quis mudar isso.

Tudo porque comprei uma calça cumprida demais para mim e fui levar em uma loja de reparos. O orçamento era 25 reais. Não que seja caro, porque é um trabalho que deve ser valorizado, mas foi o suficientemente acima do que eu esperava para eu pensar em outra solução. Minha avó poderia fazer a bainha para mim, como fez minha vida toda, mas por que não aproveitar essa oportunidade para aprender como fazer eu mesma?

Começando a aprender a costurar

Fui para a casa da minha avó. Ela se dispôs a me ensinar. E deu para perceber que ficou feliz de ter essa habilidade valorizada. Foi ótimo! Adorei o aprendizado e a companhia.

Sem contar que trabalhos manuais são extremamente terapêuticos. Fiquei a tarde toda descosturando a barra da calça, medindo onde colocar a nova, colocando as agulhas para marcar o local certo, virando a calça e então passando pela máquina. Ok. Essa última parte eu não fiz. Fiquei com medo de fazer bobagem e fiquei só olhando do lado. Mas ajudei a colocar a linha na máquina e a entender como ela funciona.

A calça ficou ótima. Já usei ela no dia seguinte.

Autonomia e economia

Com uma sociedade tão automatizada, acabamos não dando importância para habilidades manuais que poderiam nos ser tão úteis e nos dar tanta independência, como cozinhar, lavar e limpar, fazer pequenos consertos em casa e costurar. E é possível ver como isso veio se intensificando com o passar do tempo.

Estou tentando recuperar um pouco dessa sabedoria, e aproveitando para aprender com quem pode me ensinar.

Parece pouca coisa, mas a experiência de aprender a costurar com a minha avó e de sair de lá com uma roupa nova (eu já tinha a roupa, mas não dava para usar), foi tão boa! Saí com uma sensação de independência, por conseguir eu mesma lidar com a minha roupa, e de conexão, por ter passado esse tempo aprendendo com outra pessoa. Ainda economizei dinheiro, me diverti e fiquei com vontade de continuar o aprendizado. Ainda pensando em como fazer isso…

E vou confessar que eu sempre penso também que essas habilidades podem ser muitos úteis em um futuro pós-apocalíptico.