Controlando o colesterol sem remédios

Escrito por: Fernanda Marinho

Luto contra o colesterol alto já há alguns anos. Entre vitórias e derrotas, venho esse tempo todo controlando minha alimentação e meus hábitos, além dos meus próprios medos, e evitando começar a tomar medicação. Continuo firme nesse propósito.

O primeiro diagnóstico

Quando fui diagnosticada pela primeira vez com colesterol alto, a médica me indicou uma série de cuidados com a alimentação que eu podia tomar para tentar controlar esses níveis.

Ela já me avisou que dificilmente eu ia conseguir controlar para sempre meu colesterol apenas com alimentação, e que provavelmente eu teria que tomar remédio depois de algum tempo. Isso porque meus outros índices eram ótimos (colesterol bom, triglicérides, glicemia etc.) e porque eu não tenho hábitos de risco (pratico atividades físicas, não fumo, durmo bem etc.). Isso indica que a principal causa dos meus altos valores seria hereditariedade.

Segui direitinhos as recomendações, e consegui!

Mas então, em 2015, o maldito voltou a aumentar e a médica me falou então que era chegada a hora de eu começar a tomar remédios. Eu continuava não querendo e perguntei se tinha outra opção. Segundo ela, a única outra coisa que eu poderia fazer, era nascer de novo. Falei que ia pensar, e ela me disse ainda que era muito arriscado não tomar remédio, que eu podia ter um ataque cardíaco a qualquer momento.

Minhas lutas

exame_colesterol

Mas eu não queria. Nem ter um ataque cardíaco e nem tomar medicação.

Então estudei sobre o controle do colesterol alto, sobre os riscos de aterosclerose e até sobre aos questionamentos que rondam o assunto. Em alguns posts antigos, recebi ainda comentários que me fizeram refletir ainda mais. Pesquisei, estudei e resolvi continuar com a estratégia que tinha definido antes: ter uma alimentação e hábitos saudáveis.

Continuei praticando atividade física, evitei frituras ao máximo, consumi alimentos que diziam ser bons para o controle do colesterol ruim e que aumentavam o bom: azeite, chá mate, aveia, entre outros.

A evolução foi lenta. E, além de eu ter conseguido diminuir muito o meu nível de colesterol ruim (está menor ainda do que em 2013), o próprio Ministério da Saúde alterou os valores de referência, passando a considerá-lo de acordo com outros fatores de risco. Assim, depois de anos, consegui estar no nível recomendado novamente. Sem um remédio sequer.

Divido com vocês, que vêm me acompanhando há tanto tempo nessa luta, os resultados do exame!

Para finalizar, queria agradecer os comentários e o apoio que sempre recebo aqui. E ainda deixar um alerta que esse caso é meu particular. Eu assumi os riscos de não tomar remédio e faço de tudo para ter uma vida bem saudável que compense isso. Não estou falando que todo mundo deve fazer igual a mim e nem que todo remédio é algo ruim. Só acho importante pensarmos em alternativas.

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10 Comentários

  1. Daniela disse:

    Parabéns!

    A minha mãe tem colesterol alto desde sempre (total maior que 230, com dieta fica entre 200 e 230). Está com 77 anos, é magra e nunca teve nenhum problema cardíaco. Ela já tomou estatina em alguns períodos da vida, mas agora faz muitos anos que não toma mais.

    A médica te ameaçar que você poderia ter um ataque cardíaco a qualquer momento achei um pouco de exagero. Diabetes, vida sedentária e histórico familiar têm um peso muito grande também. Com esse tipo de comentário, não dá para não pensar nas relações de médicos e indústria farmacêutica.

    1. Muito obrigada, Daniela! Essa médica era meio exagerada em tudo mesmo, mas fiquei incomodada com o comentário dela mesmo. Achei desrespeitoso. E tem toda razão sobre as relações ente médicos e indústria farmacêutica. Acho tão complicado! O tanto de incentivos que eles recebem para nos entupir de remédios! Muito complicado. E muito obrigada por contar o caso da sua mãe. Me dá um pouco de tranquilidade. Meu colesterol total está em 208, mas um dos motivos é que meu colesterol bom é alto também (77). Espero seguir os passos da sua mãe 🙂 Um abraço!

  2. Joselita Alves Ribeiro disse:

    Fez muito bem, amiga. Novos estudos indicam que o colesterol alto não está ligado aos problemas cardíacos. O ovo e a carne foram inocentados das acusações. Todos os dias novos estudos se contrapõem a essa indústria assassina dos remédios para prevenir doenças. Infelizmente no meu caso (pressão alta) não tive como evitar a medicação, porque ninguém sabe a origem desse mal. Embora eu reduza o consumo de sal, parece que as emoções, os nervos também tem a sua parcela de culpa, além da hereditariedade. Mas é o único remédio que tomo e, ao que parece, ele não abriu caminho para outros problemas. Parabéns pela sua tenacidade.

    1. Obrigada pelo apoio, Joselita! Pois é… Isso do ovo eu fiquei sabendo e achei ótimo, porque adoro comer ovo e não queria abrir mão. Carne, eu nunca comi muito. Mas bom saber que não é esse vilão todo para o colesterol. Não se sinta culpada por precisar tomar remédio. Às vezes não tem como evitar. Só acho importante a gente ficar atenta para perceber quando é possível, e aproveitar. Pressão alta é uma condição complicada. Minha mãe também tem. E realmente dizem que as emoções têm uma influência muito grande. Vai tentando controlar e tomando o remédio enquanto isso. Quem sabe, no futuro, a ciência não descubra novas formas de controle? Vamos torcer… Beijo!

  3. Edwiges disse:

    Olá, Fernanda,
    Não sei se você já viu, mas um jornalista da bbc fez um programa sobre esse tem algum tempo atrás. Tem Uma reportagem neste link: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150721_saude_colesterol_teste_hb
    Mas o programa completo é bem interessante. Não sei se ainda está disponível. Talvez no YouTube

    Abraço

    1. Ei, Edwiges! Adorei a reportagem. E o que funcionou para ele foi o que funcionou para mim: equilíbrio. Não adianta mudar uma coisinha na dieta. É um conjunto. Eu como amêndoas, por exemplo, mas bem pouco. O ideal é umas 4 por dia. Aveia eu como um pouco todo dia também, com iogurte. E tem a questão dos hábitos também: dormir bem, fazer atividade física, evitar stress. Nosso corpo é complexo, e tratá-lo de maneira simplista não vai trazer resultados. E tem ainda a questão de adaptação de cada um mesmo. Por isso acho importante prestar muita atenção em como seu corpo responde às situações. Achei bem interessante o texto. Vou procurar o programa completo. Muito obrigada pela indicação! Abraço!

  4. Thais disse:

    Oi, Fernanda! Parabéns pela disciplina!

    1. Muito obrigada, Thais 🙂

  5. Liggiane disse:

    Li seu post e fiquei encantada com a sua determinação! (tudo bem que estou cerca de um ano atrasada) Espero que sua saúde continue em perfeito estado!

    1. Ei, Liggiane! Muito obrigada 🙂 Não foi fácil mesmo, mas se tem uma coisa que eu sou é disciplinada. É bem da minha personalidade mesmo. Isso ajudou muito nesse processo. Pois é… Tem um ano já que eu fiz esse exame, e agora seria o momento de fazer outro. Mas, com essa pandemia, não acho uma boa hora… Vou ter que esperar. Mas estou me sentindo bem, e continuo com hábitos saudáveis. Então espero estar em perfeito estado…

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