A mudança e as tarefas que escolhemos fazer nós mesmos

Mudança dá muito trabalho. É um conjunto de tarefinhas e tarefonas que parecem nunca terminar. Desde encontrar o apartamento novo para alugar, passando pelo processo de mudança e chegando até devolver o antigo.

Mas tudo bem. Uma das grandes vantagens do minimalismo para mim é o tempo que eu ganhei, antes desperdiçado com bobeiras, como tirar poeira de enfeites, guardar objetos em armários, passar pilhas de roupas e fazer unha. Então hoje, além de aproveitar esse tempo para me divertir e descansar, muitas vezes escolho usá-lo também para cuidar de algumas coisas práticas. Foi o que aconteceu durante a mudança.

Para algumas tarefas, eu não tinha opção. Tinha que fazer eu mesma. Não dava para delegar ou contratar alguém para isso. Mas outras eram questão de escolha. E, como sempre tento fazer na vida, fui pensando, discutindo com o Roberto e fomos escolhendo. Errando algumas vezes… Mas sem problema… A gente aprende muito tentando e errando. Mais do que não fazendo nada.

Então escolhemos fazer muitas coisas nós mesmos que poderíamos não fazer, como: procurar o apartamento na internet, fazer a faxina no apartamento novo (ele mais do que eu) e no antigo (eu mais do que ele), buscar fiador (o seguro fiança era muito caro), levar nossas coisas de carro para a casa nova e, o mais complexo de tudo, pintar o apartamento antigo para devolvê-lo.

Claro que pensamos em contratar alguém para isso. Só que estava muito caro. E com razão. É uma trabalheira danada. Mas a gente tinha tempo, e disposição, e uma tendência a economizar sempre que possível.

No começo parecia impossível. E no final fica claro que podíamos ter feito todas essas coisas, não só a pintura mas a mudança toda, de maneira muito mais eficiente. Mas não teria como a gente saber sem ter passado por isso. E agora esse é um conhecimento e uma habilidade que já conquistamos.

A mudança foi um processo incrível. Muito trabalhoso, claro. Mostrando que ainda tenho muitos desafios a vencer. Mas estou saindo mais forte e capaz do outro lado. Sem contar a sensação incrível de independência, de dar conta da própria vida. E de perceber mais uma vez que estou no caminho que acho certo.