Desapegando dos pijamas
Ano passado, por aqui, fez frio como não fazia há muito tempo. O que acabou me levando a testar os limites dos meus pijamas quentinhos, até que o meu preferido deles chegasse em um ponto crítico.
E já estava mais do que na hora. Eu comprei essa blusa em 2002, quando trabalhava na Disney. Era uma blusa de passear, até que ela foi perdendo a forma e, não lembro exatamente quando, virou pijama, e o meu preferido.
E eu demorei a reconhecer que ele chegou ao fim da sua vida útil, viu? Naturalmente, eu já tenho dificuldades em me desapegar das coisas. Eu acho muito mais fácil deixar de comprar coisas do que me livrar das que eu tenho, ainda mais quando é algo que eu gosto.
Mas chegou uma hora que não dava mais! Os buracos tomaram conta da blusa e tive que desapegar. E foi aí que eu percebi um problema: eu não gostava dos meus outros pijamas. Todos tinham uma coisa ou outra que me incomodavam. Então abri a gaveta, joguei tudo na cama, e comecei meu processo…
Pijamas que saem
Peguei tudo de material sintético e coloquei pra doação, já que a minha pele resolveu ficar chata depois de velha e a empolar quando uso por muito tempo. E fica coçando. Não dá pra dormir assim.
Doei tanto os de frio, quanto os de calor. Foram-se também um que a manga ficava caindo, porque o pano relaxou. Outro que me apertava no quadril. Tudo foi pra sacola de doação. E a minha querida blusa, que nem tive coragem de doar, de tão esburacada que estava. Foi para o lixo.
Quanto terminei, percebi que fiquei com 3 pijamas de calor, e só uma calça de moletom de frio.
Pijamas que chegam
Então comprei novos. Comprei um conjunto e uma camisola de frio, ambos 100% algodão.
E foi uma coisa impressionante o tanto que eu fiquei feliz, confortável, me sentindo abraçada, com uma compra tão simples, que me custou menos que uma compra semanal de supermercado.
É onde vejo os limites do meu minimalismo. E que, mesmo aquele comportamento que eu costumo achar uma super qualidade, que é o de não ser consumista, às vezes chega a uns exageros que realmente atrapalham a minha vida.
Acho engraçado, e na verdade até inspirador, perceber como a gente sempre tem espaço pra questionar os próprios comportamentos.
PS: quando terminei de escrever o post e estava relendo, fiquei com a sensação de que eu já tinha escrito sobre isso antes, e tinha mesmo, no blog antigo, há quase 10 anos: Desapegando dos pijamas e das roupas de ficar em casa.
Também acontece comigo de, depois de um bom tempo de uso, o tecido da roupa começar a incomodar. Também as etiquetas de algumas roupas novas, que no início não incomodam, após um tempo começam a incomodar.
Sim! Etiqueta é um problema pra mim. O tanto de roupa que eu já estraguei tentando tirar a etiqueta puxando! Isso porque me incomodam demais. Odeio!
Nuss… Também acho mais fácil deixar de comprar do que me livrar de algo que tenho e gosto, mas meus pijamas e roupas de ficar em casa parece que foram para a guerra, tudo esburacados e esgarçados xD O mais triste é que estão no ápice do conforto ;A; Fora que fico naquela de que tenho que usar até acabar, mesmo não sendo nada bom para minha autoestima que já vive na lama do fundo do poço. Enfim, já arranjei um pijama de frio novo, ao menos.
Hahaha… Pois é! Essa blusa estava assim também, mas chegou em um ponto que os buracos estavam incomodando. E tem isso de autoestima também. É ruim a gente não ter cuidado com a gente mesmo…
Eu amo pijamas novos. Mas acho um desperdício comprar pijamas assim, sem necessidade. Então adoro quando algum pijama precisa ser descartado (por qualquer motivo que seja) e me abre possibilidade de comprar pijamas novos… rsrsrs
Há algum tempo tive duas sacadas sobre pijamas que me ajudaram demais.
A primeira foi perceber que eu definitivamente não gosto de camisola. Me mexo muito enquanto durmo e a camisola fica subindo, e aí eu começo a sonhar que estou sem roupas no meio da rua (!!!) Então me desfiz de todas as camisolas que eu tinha e passei a só ter conjuntinhos short/calça e blusa.
E a segunda sacada foi perceber que eu posso misturar os conjuntinhos… Antes eu precisava ter um conjuntinho pra calor (short e blusa sem manga), um conjuntinho meia-estação (calça e blusa de manga curta) e um conjuntinho de frio (calça e blusa de manga comprida), no mínimo. E sempre usava os conjuntos certos… Até que a ficha caiu que eu poderia, sim, misturar os conjuntos, e aí não precisaria mais ter o “meia-estação”… Eu poderia muito bem usar a calça comprida do pijama de frio com a blusinha sem manga do pijama de calor, ou o short com a blusa de manga comprida… Sacada simples, mas que me abriu um leque de possibilidades até então impensadas… hahahahaha
Hahaha… Pijama novinho é muito gostoso mesmo. Também adoro!
Olha! Adorei a dica de usar combinações diferentes. Nunca tinha me tocado da possibilidade. Acho que vai ser super útil pra mim, porque sou friorenta e tendo a usar mais pijamas de frio. Então, em dias não tão frios, dá pra usar uma calça de um conjunto com uma blusa de outro mais fresquinha, por exemplo. Ótima ideia! Muito obrigada 🙂
hahahaha… Eu achava que eu fosse a única pessoa que não tinha vislumbrado essa possibilidade de misturar pijamas… Pelo visto não sou a única.
Essa sacada foi ainda mais importante depois que tive neném… Em vez de comprar pijamas próprios pra amamentação, que são caríssimos, comprei umas camisetas simples de amamentação que vendem em lojas de departamento (bem mais baratas que pijamas de amamentação) e passei a usar junto das calças compridas ou shorts de pijamas que eu já tinha (de pijamas normais, já que as calças não precisam de nenhuma adaptação especial pra amamentar… rsrsrs)
Ideia maravilhosa!