Como se comparar com os outros pode ser algo bom
Quando estava escrevendo o post sobre deixar os outros fazerem suas escolhas, toquei no assunto das comparações. Porque várias das críticas e dos julgamentos que fazemos aos outros são feitas com base na gente. Julgamos sempre o outro por nossos valores, nossos sentimentos.
Como eu falei, acredito que muitas das vezes que criticamos as escolhas de alguém, é para defender a nossa, provar para nós mesmos que ela é melhor. Principalmente quando a escolha é uma que gostaríamos de fazer, mas é muito difícil, tentamos buscar motivos para justificar não fazê-las.
Estamos sempre nos comparando… E é normal. Nosso cérebro funciona assim: categorizando as coisas. Então nos comparamos para nos justificar, para nos classificar, para nos entendermos e nos julgarmos também.
Desapegando das auto-justificativas
Dia desses, durante a minha corrida, eu estava reparando como eu mudei minha forma de me comparar com as outras pessoas correndo.
Antigamente, sempre que eu via alguém correndo mais rápido do que eu, ficava me questionando se eu estava fazendo algo errado, me sentindo mal, tentando justificar o desempenho da outra ser melhor (a pessoa é mais nova, mais magra, tem mais tempo livre, deve correr menor distância…).
E hoje eu vejo como uma inspiração. Se alguém corre mais, eu posso correr também. Posso me dedicar mais e ir melhorando. Posso olhar para a pessoa e admirar. Tentar perceber o que ela faz melhor do que eu, e imitar, ou adaptar para o que funciona melhor para mim.
Desapegando da competição
Antigamente eu me comparava muito também com outros blogs. E às vezes ficava triste quando encontrava um blog que eu achava muito bom. Eu ficava pensando que todo mundo ia preferir o outro, e ninguém ia entrar no meu.
Hoje, principalmente com a diminuição dos blogs pessoais, eu fico louca para achar mais blogs! Se forem bons então, melhor ainda! Quem disse que eu (ou meus leitores) só podem ler um blog? Quanto maior diversidade, mais diversão, mais aprendizado, mais inspiração!
Hoje, ao me comparar, eu admiro o que o outro tem de bom e aprendo o que eu posso melhorar. Ou então simplesmente aprecio a diferença.
Olá Fernanda,
Realmente às vezes nos compararmos com outra pessoa pode ser um incentivo. Mas, a maioria das vezes, a tendência é que essas comparações nos façam mais mal do que bem. Outro dia li uma frase muito legal do Padre Fábio de Melo: “Não aceite ser medido pela régua do outro, nem tampouco se submeta ao infrutuoso mecanismo da comparação. Nunca somos justos quando nos comparamos a alguém. Olhe-se sem o filtro das ilusões. Você pode não ser o suficiente para os outros, mas pode ser o necessário para você. As mudanças só acontecem depois que compreendemos e acolhemos o pouco que somos”. Falando em blogs (adoro blogs, mas estão tão escassos hoje em dia!) você conhece o “Viver sem Pressa”, da Yuka? Vale a pena dar uma olhada. ela é adepta do minimalismo, da vida mais simples e posta todos os domingos.
Cláudia
Ei, Claudia! Interessante a fala do Padre Fábio de Melo. Também acho importante acolhermos o que somos, mas sempre pensando se podemos melhorar como pessoa. E para isso acho legal a gente se inspirar em outros. Mas, com cautela, claro. Não conhecia o blog da Yuka. Que legal! Estou navegando e lendo posts, e gostando bastante. Também sinto falta do auge dos blogs. Eu segui vários! Hoje a gente encontra tão poucos, né? Obrigada pela recomendação 🙂
Abraço!